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HISTÓRIA DE SANTA TERESINHA

A História de uma Alma

Teresa de Lisieux, batizada como Marie Françoise Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, foi uma freira carmelita descalça francesa, tendo seu modelo de santidade considerado pelos católicos e religiosos em geral como um dos mais influentes, em razão do seu ‘jeito prático’ e ‘simples’ de abordar a vida espiritual, sendo que o Papa Pio X denominou-a de “a maior entre os santos modernos”.

 

Santa Teresinha nasceu no dia 02 de janeiro de 1873, em Alençon-FRA, de família modesta e temente a Deus, filha de Luís Martin (São Luís), relojoeiro e joalheiro local, e de Zélia Guérin Martin (Santa Zélia), famosa bordadeira de Alençon, os quais tiveram 08 (oito) filhos antes da caçula, Teresa, sendo que destes, quatro morreram com pouca idade, restando em vida, Marie, Pauline, Léonie e Céline.

 

Teresa de Lisieux, como é conhecida na França, recebeu cedo o chamado para a vida religiosa, e depois superar obstáculos, entre eles a morte de sua mãe, quando tinha apenas 04 (quatro) anos, e a fragilidade em sua saúde, conseguiu em abril de 1.888, com apenas 15 (quinze) anos, por meio da autorização do Papa Leão XIII, entrar no Mosteiro das Carmelitas, tornando-se freia com o nome de Thérèse de I’Enfant Jesus (Teresa do Menino Jesus), juntando-se às suas duas irmãs mais velha na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux-FRA.

 

Santa Teresinha levou a sério o caminho da perfeição escrito por Santa Tereza de Jesus (Santa Tereza D’Ávila), porém foi além e revelou ao mundo que a perfeição e a santidade podem estar nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e nas obrigações cotidianas, que fazemos com amor, sendo que dizia:

 

“Sigamos o caminho da simplicidade. Entreguemo-nos com todo o nosso ser ao amor. Em tudo busquemos fazer a vontade de Deus. O zelo pela salvação das pessoas devore nosso coração”.

 

A pedido de sua irmã Pauline, Santa Teresinha escreveu três manuscritos, os quais são a sua autobiografia, e que foram publicados em 1898, com o título de História de uma Alma, livro que, posteriormente, veio a se tornar um dos maiores best sellers da história.

 

Em seus manuscritos, Santa Teresinha ensina a teologia profunda da simplicidade, a chamada “pequena via”, um caminho de santidade baseado nas pequenas coisas, nos pequenos atos do cotidiano que, quando feitos com amor, produzem frutos de santidade. Ela dizia que não tinha forças para fazer grandes obras heroicas como os famosos santos da Igreja, mas só conseguia fazer pequenas coisas, nas quais, segundo esta, estavam o segredo de sua santidade, que a exemplificava na seguinte frase: “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”.

 

Foi com essa simplicidade e na prática diária do amor, que Santa Teresinha do Menino Jesus se tornou co-padroeira das missões, ao lado de São Francisco Xavier em 1927, sem nunca ter saído do Carmelo, sendo que ela dizia:

 

“Compreendi que a igreja tinha um Coração, e que este coração ardia de Amor. Compreendi que só o Amor fazia os membros da igreja agirem, que se o Amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue...”

 

E continua afirmando e professando sua fé:

 

“No coração da Igreja, serei o amor”. Dizia sempre que “o que conta é o amor, só o amor”. Sendo que o amor “É contemplar no outro a pessoa de Jesus”. Para ela “ser missionária não é uma questão de geografia e sim uma questão de amor”.

 

Desta forma, todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja, tendo como mais profundo desejo do coração ser missionária, permanecendo no tempo em que esteve na Terra, e continua até hoje no Céu, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores, fazendo o bem aos da terra, sendo que disse antes de morrer: “Vou fazer chover sobre o mundo uma chuva de rosas”, afirmando, assim, que iria sempre interceder junto a Deus por todos os povos, sendo por essa razão, que na novena de Santa Teresinha o fiel espera receber uma rosa como sinal de que seu pedido será atendido.

 

Santa Terezinha do Menino Jesus sofreu por quase 03 (três) anos de tuberculose, que, naquela época não tinha cura, chegando a dizer que jamais pensou que fosse capaz de sofrer tanto, mas teve paciência e fez tudo por amor, sem jamais reclamar ou murmurar. Faleceu no dia 30 de setembro de 1897, aos 24 (vinte e quatro) anos, tendo dito no leito de morte para as monjas que rezavam por ela e anotavam tudo o que dizia, a seguinte frase, que seria a sua última: “Não me arrependo de haver-me entregue ao amor”, e com o olhar fixo no crucifixo exclamou: “Meu Deus, eu te amo”, vindo a falecer a jovem Thérèse de I’Enfant Jesus (Teresa do Menino Jesus).

 

A profundidade da espiritualidade de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, que ela qualificou como “toda de confiança e amor”, inspirou muitos religiosos, sendo que confrontada com a sua própria pequenez e irrelevância, confiava em Deus para ser sua santidade, tendo afirmado que queria ir para o céu de uma forma diferente: “Quero encontrar um elevador que eleve até Jesus” e este elevador, segundo esta, eram os braços de Jesus retirando-a de toda a sua pequeneza.

 

Santa Teresa do Menino Jesus foi beatificada em abril de 1923, sendo sua canonização realizada pelo Papa Pio XI, no dia 17 de maio de 1925, e no ano de 1927 foi declarada Patrona Universal das Missões Católicas, tendo sido nomeada, ainda, Padroeira Secundária da França, junto com Santa Joana D’arc no ano de 1944, e em 19 de outubro de 1997, no centenário de sua morte, o Papa João Paulo II, na Carta Apostólica Divinis Amoris Scientia, a proclama Doutora da Igreja, sendo a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título até a época.

 

Por fim, um de seus biógrafos, Guy Gaucher, afirma que depois de morrer “Teresa foi vítima de um excesso de devoção sentimental que acabou por traí-la. Foi vítima também de sua linguagem, que era a do fim do século XIX e que fluía da religiosidade de sua época”, sendo que a própria Teresa disse em seu leito de morte: “Eu amo apenas simplicidade, tenho horror a pretensão”, se manifestando, inclusive, contra o estilo de escrita de algumas vidas de santos publicadas na época, ao afirmar: “Não devemos dizer coisas improváveis ou coisas sobre as quais nada sabemos. Devemos enxergar suas vidas reais e não imaginárias”.

 

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

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Oração de Santa Teresinha  

“Ó, Santa Teresinha do Menino Jesus, modelo de humildade, de confiança e de amor! Do alto dos céus, despeje sobre nós estas rosas que levas em teus braços: a rosa da humildade para que vençamos nosso orgulho e aceitemos o jugo do Evangelho; a rosa da confiança para que nos abandonemos à vontade de Deus e descansemos em Sua Misericórdia; a rosa do amor para que, abrindo nossas almas sem medida à graça, realizemos o único fim para o qual Deus nos criou à sua imagem : Amar- Lhe e fazer- Lhe amar. Tu que passas teu Céu fazendo o bem na terra, ajuda-me nesta necessidade e concede-me do Senhor o que te peço, se for para glória de Deus e para o bem de minha alma. Amém.”

Reze um Pai Nosso.

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Novena de Santa Teresinha  

“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Teresa do Menino Jesus durante os 24 anos que passou na Terra.

Pelos méritos de tão querida santinha, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço: (fazer o pedido), se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo, mais uma vez, sua promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida”.

Rezar, em seguida, 24 vezes: glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no principio agora e sempre. Amém.

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

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